Amazonas fica entre os oito Estados com maior taxa de desocupação em 2023, aponta IBGE
16/02/2024
Taxa anual ficou 2,1 pontos percentuais acima do resultado nacional (7,8%). Carteira de Trabalho
Reprodução
O Amazonas ficou entre os oito Estados com a maior taxa de desocupação em 2023 com 9,9%. A taxa anual ficou 2,1 pontos percentuais acima do resultado nacional (7,8%). A taxa de desocupação representa o percentual de pessoas desocupadas em relação as pessoas na força de trabalho.
Os dados são do resultado trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada, nesta sexta-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dentro da série histórica que iniciou em 2012, o índice alcançou níveis similares de desocupação entre os períodos de 2012 e 2014 e a partir daí evoluiu para patamares de desocupação de mais de 13%, só reduzindo novamente em 2023.
A taxa de 9,9% colocou o Estado na oitava posição entre as Unidades da Federação.
O pior resultado, em desocupação ano passado, foi do Estado de Pernambuco (13,4%) e o melhor o de Rondônia (3,4%). Os dados são da PNAD Contínua, encerrada no quarto trimestre do ano passado.
Nível de ocupação no Amazonas
O nível de ocupação se caracteriza pelo percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação as pessoas em idade de trabalhar. Nesse indicador, em 2023, o Amazonas teve média de 55,1%, o que representou 2,5 pontos percentuais abaixo da média nacional (57,6%), mostrando que o quantitativo de pessoas ocupadas é o 13o do país.
O Estado com o menor nível de ocupação em 2023 foi o Acre, com apenas 45,7% das pessoas que tinham idade de trabalhar, ocupadas. Já Santa Catarina se destacou como a Unidade da Federação com maior percentual de pessoas trabalhando, dentro da idade de trabalhar.
Subutilização na força de trabalho
A subutilização da força de trabalho (labour underutilization) é um conceito construído para complementar o monitoramento do mercado de trabalho, além da medida de desocupação (unemployment), que tem como objetivo fornecer a melhor estimativa possível da demanda por trabalho em ocupação (employment).
A subocupação é formada por pessoas subocupadas, por insuficiência de horas trabalhadas e por pessoas desocupadas.
Com uma taxa de 20,3% de subutilização da força de trabalho, no ano de 2023, o Amazonas se posicionou em 16° lugar entre as Unidades da Federação. Santa Catarina, com 6,0%, foi o Estado com a menor taxa de subutilização. A maior ficou com o Piauí (40,3%).
Trabalho informal no Amazonas
Entre as pessoas, de 14 anos ou mais, e que estão em idade de trabalhar, a PNAD Contínua identificou, em 2023, no Amazonas, que 54% das pessoas atuavam na informalidade. A taxa ficou maior 1,7 ponto percentual do que a da região Norte e 14,8 pontos percentuais maior que a do país.
No ranking entre as Unidades da Federação a taxa se destaca como a quarta maior, só perdendo para Maranhão (56,5%), Pará (56,5%), Piauí (54,4%). A menor taxa de informalidade registrada foi do Estado de Santa Catarina (26,4%).
Dentro da série histórica que iniciou em 2016, quando a informalidade era de 57%, em oito anos o índice de 2023 foi o menor.
Rendimento médio real
Com um rendimento médio real habitual de R$ 2.367,00, o Amazonas ficou na 17ª posição entre as Unidades da Federação. O rendimento ficou menor em R$ 612,00 que o rendimento médio do país (R$ 2.979,00).
O melhor resultado, no ano de 2023, foi do Distrito Federal (R$ 4.944,00) e o menor rendimento médio habitual foi da Bahia (R$ 1.865,00).
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